19.03.2013

Desafio do pecuarista é produzir mais com menor custo de produção

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Mais eficiência e menor custo de produção. Esta é a equação que o pecuarista deve utilizar nos próximos anos. O coordenador do comitê dos workshops do Circuito Feicorte, Luciano Roppa explica que o pecuarista deve buscar sempre os melhores resultados. "Além de investir em novas tecnologias, também precisa fazer boas compras. Comprar bem representa 62.5% do custo de produção". Comparar os números é importante para que o produtor saiba onde é preciso melhorar e investir.

De acordo com Luciano, genética representa em média 32% do custo de produção num ciclo completo e a alimentação chega a 36%. A análise destes números ajuda o produtor a ter uma visão mais ampliada da atividade. A eficiência é primordial e só pode ser medida com a comparação dos números. "Precisamos estar sempre em busca de melhores resultados com menor custo de produção", enfatiza Luciano. O Mundo conta com a produção de carne do Brasil para alimentar a população. Luciano garante que o pecuarista brasileiro tem feito a tarefa de casa, mas ressalta que os produtores continuarão enfrentando problemas de logística, comercialização e acesso ao crédito.

O pecuarista brasileiro paga US$ 170 para levar cada tonelada de carne até a China. Já para o argentino este custo é de US$ 102. "A dica é que os criadores se organizem em associações e sindicatos para terem mais força na hora de negociar. Com a união dos pecuaristas fica mais fácil pleitear melhorias para o setor junto aos governos estadual e federal". Dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) revelam que até 2021 a produção de carne no mundo deve aumentar em média 19%. O Brasil será o país que mais contribuirá. O aumento na produção brasileira será de 22%, passando de 25.47 milhões de toneladas para 31.18 milhões de toneladas.

Em segundo lugar aparece a China que aumentará em média 20% passando de 76 milhões de toneladas para 92 milhões. Exportações - A diversidade de raças bovinas no Brasil e as várias formas de produção faz com que o produto brasileiro atenda as exigências de diversos mercados. A expectativa de acordo com os dados da FAO é que as exportações de carne brasileira possam aumentar em média 48% até 2021. Números mostram que a média anual de crescimento tem sido de 10%.

O diretor executivo da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio chama a atenção para os mercados da Ásia que deve se tornar o maior comprador nos próximos anos. Segundo ele é preciso buscar novas alternativas para a comercialização da carne. Japão, Correia do Sul, Taiwan, Vietnã, México e Canadá também merecem ser observados com mais atenção. Cada um tem regras específicas, mas na opinião de Fernando, o Brasil tem condições de atender as exigências de todos estes mercados.

Comparando os números das exportações da carne mato-grossense de janeiro e fevereiro, pode se observar um crescimento de cerca de 10%, a cada mês, se comparado ao mesmo período de 2012. Os números de Mato Grosso seguem as estimativas nacionais. "O estado tem evoluído mais que os outros". Otimista Fernando destaca que não há mais motivos técnicos para manter os embargos. "E com isso, a tendência é manter o crescimento das vendas nos próximos meses".


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