26.07.2013

Milho e soja: análise de mercado

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Mais um dia de queda para os contratos futuros do milho. Ainda pressionados pelas previsões de chuvas nas regiões produtoras dos EUA, os contratos futuros do cereal negociados na Bolsa de Chicago recuaram mais de 2% nesta quinta-feira. O contrato com vencimento setembro cedeu 12,25 cents (2,41%) e fechou a US$ 4,96 por bushel.

Novamente os fundos atuaram na ponta vendedora na Bolsa de Chicago. Já são três pregões consecutivos de pressão vendedora destes participantes. Hoje, foram vendidos mais 4.000 lotes, no acumulado dos últimos quatro dias foram 32.000 lotes vendidos. Estima-se que nos últimos 30 dias, estes participantes tenham vendido 97.000 lotes de milho na CBOT. Informação que poderemos confirmar no próximo relatório da CFTC, que será divulgado amanhã (26), no final do pregão.

Além do clima, o recuo na demanda também protagonizou a queda nos preços do cereal. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país vendeu 488 mil toneladas de milho na semana encerrada em 18 de julho. Na semana anterior, o volume de 1,743 milhão de toneladas. As exportações também ficaram abaixo das estimativas dos analistas que esperavam vendas de 600 mil a 950 mil toneladas.

Na BM&FBOVESPA, o cereal mais uma vez encerrou em queda nesta quinta-feira. O contrato com vencimento setembro, de maior liquidez, negociou 1.698 contratos, e fechou em queda de 27 centavos, cotado a R$ 23,53 saca de 60 quilos. O menor nível de preço para este vencimento desde dia 26 de abril/2013, quando atingiu a mínima a R$ 23,24/saca de 60 quilos.

No mercado físico, os preços também têm recuado nas principais praças de negociação. No interior de São Paulo, no mercado de lotes, houve indicação de preços a R$ 22,50 mais ICMS, no diferido indicação de comprador a R$ 23,50 /saca.  Em Londrina-PR, indicação a R$ 20,50 saca.

Apesar do recuo de preços no mercado físico, o Indicador do milho CEPEA/ESALQ/BM&F, fechou o dia cotado a R$ 24,58 a saca de 60 quilos, em alta de 1,15%. Em dólar, o preço ficou em US$ 10,95/saca em alta de 1,39%.

SOJA

Os contratos futuros de soja fecharam mais uma sessão em queda na Bolsa de Chicago, atingindo o menor nível dos últimos 13 meses. O contrato com vencimento agosto cedeu 37,25 cents (2,68%), e fechou a US$ 13,5525 por bushel, o novembro, cedeu 32,75 (2,61%), a US$ 12,24 por bushel.  Os contratos futuros do farelo também recuaram nesta quinta-feira. O contrato com vencimento dezembro perdeu US$ 15 (3,94%) e fechou a US$ 365,50/ tonelada.

Os fundamentos são os mesmos da sessão anterior, mais uma vez, o mercado foi pressionado por vendas de estoques da safra remanescentes 2012/13, por parte dos produtores americanos.  Dados de exportação divulgados hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraram que um total de 793.500 toneladas de soja foram vendidas ao exterior na semana encerrada em 18 de julho, sendo 128.300 toneladas da safra 2012/13 e 665.200toneladas da 2013/14. O volume supera as 702.300 toneladas comercializadas na semana anterior e também ficam acima do intervalo esperado por analistas, de 300 mil a 650 mil toneladas. (Fonte A&Ë).

Na BM&F, os contratos futuros da oleaginosa foram pressionados pelas quedas na CBOT e pela ausência de negócios no mercado físico. O contrato com vencimento agosto recuou 3,85%, e fechou cotado a US$ 29,50/saca de 60 quilos.

O indicador de preços da soja ESALQ, com base nos preços do mercado disponível em cinco praças do Estado do Paraná, fechou o dia em forte queda. O indicador em reais recuou 4,43%, cotado a R$ 62,30/saca. Em dólar, o indicador ficou em US$ 27,76/saca, em queda de 4,18%.

O Indicador de preços da soja ESALQ/BM&F, base Paranaguá-PR, fechou o dia cotado a US$ 28,97 a saca de 60 quilos, ante US$ 31,92 a saca anterior.

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