23.05.2013

Zé Teixeira cobrou, mais uma vez, solução para questão indígena em MS

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“Precisamos dar um basta na ilegalidade que assombra o campo”. Com essas palavras, o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) deu início ao seu pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão especial que aconteceu nesta quinta-feira (23-05). A sessão ordinária foi transformada em especial por solicitação do deputado estadual Zé Teixeira (DEM), junto com a deputada Mara Caseiro (PTdoB) e contou com a presença de produtores rurais de Mato Grosso do Sul.

 Durante seu discurso o deputado falou sobre a demarcação de terras indígenas e exigiu uma solução para o impasse, que se estende htá anos. “Já fizemos audiências na época do governo dos ex-presidentes Fernando Henrique, Lula e agora da presidenta Dilma, e nada foi resolvido. O que vemos são atrocidades e desrespeitos aos produtores e seu direito de propriedade”, afirmou o deputado.

 Depoimento dos produtores
Emocionado, o ex-deputado Ricardo Bacha subiu à tribuna e desabafou, de forma enfática, sobre a invasão que sua propriedade (Fazenda Buriti) sofreu, na semana passada, em Sidrolândia. A família do produtor rural e os funcionários foram feitos reféns. Segundo ele, a porta da casa foi arrombada e a energia elétrica cortada. “Estou em um desgaste emocional indescritível”, disse.

Para Bacha, a situação só tende a piorar. “Vão ocorrer mortes naquela região e a Polícia Federal não tem efetivo. A Força Nacional e o Exército precisam ser convocados para ter ordem em Sidrolândia”, afirmou.

O produtor rural contou que irá defender sua propriedade, custe o que custar. “Eu acho que tenho que morrer em defesa daquilo  que conquistei com o suor do meu trabalho. Um homem que não defende o que é dele, não merece ter”, declarou.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, destacou que as propriedades rurais no Estado foram adquiridas dentro da legalidade. Na avaliação dele, a Constituição Federal não está sendo respeitada no que se refere aos direitos de propriedade e de ir e vir.

Para Francisco Maia, algumas pessoas estão tentando transformar “um Estado pacífico em uma Palestina”. Ele lembrou ainda que os produtores rurais vêm ganhando destaque nacional pelo fato da produção agropecuária serem responsáveis pelo superávit da balança comercial brasileira, mas que, segundo ele, “o mundo e a sociedade também têm que conhecer a situação de injustiça que é colocada em Mato Grosso do Sul”. “Não tem 1 hectare de terra grilada. Todas as terras em Mato Grosso do Sul são legais, são legítimas”, ressaltou.

O diretor-presidente da Famasul, Rui Facchini, informou que Mato Grosso do Sul “quebrará” se as 28 cidades forem demarcadas para uso indígena. “Ao todo são 22% do nosso território que estão em estudo. Para se ter uma ideia, cerca de 60% da produção de grãos será afetada, 25% do PIB de Mato Grosso do Sul estará comprometido e 22% dos empreendimentos deverão ser atingidos. Isto reflete na diminuição de 60% da produção de soja, 22% da agropecuária, 65% de milho e 43% da cana de açúcar. É possível afirmar que as cidades produtoras serão fantasmas e as principais divisas de nosso Estado podem deixar de existir”, concluiu Facchini.

 Na próxima segunda-feira (27), a partir das 14h, acontece na Assembleia Legislativa a audiência pública sobre a problemática da demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul, proposta pelos deputados Mara Caseiro (PTdoB) e Zé Teixeira (DEM), respectivamente presidente e vice da comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas.

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