O senador Delcídio do Amaral(PT/MS) se reuniu nesta quarta-feira, 14 de novembro, em Campo Grande, com o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), membro da Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa e uma das mais expressivas lideranças do setor rural de Mato Grosso do Sul. Na pauta, a discussão sobre os conflitos que envolvem índios e produtores pela posse da terra no estado. Os dois parlamentares estão preocupados com a demora do governo federal em definir uma solução para o problema , o que , na opinião de ambos, só contribui para aumentar ainda mais a tensão no campo, em prejuízo dos indígenas, agricultores e do próprio país.
Vim dizer ao Delcídio , que acompanha de perto a questão e tem sido um interlocutor importante com as autoridades em Brasília, que os produtores ficaram bastante esperançosos com a ajuda prometida pelo ex-presidente Lula de intermediar um acordo que solucione, definitivamente, esses conflitos, que, como ele próprio disse durante visita a Campo Grande, prejudicam bastante a imagem do Brasil no exterior. Vamos cobrar isso do Lula porque o nosso estado precisa de paz para produzir, afirmou Teixeira.
Delcídio agendou o encontro do presidente da Acrissul, Francisco Maia, o prefeito de Iguatemi, José Roberto Arcoverde e o pecuarista Ricardo Bacha com Lula na manhã de quarta-feira, 13, quando foi relatada ao ex-presidente a gravidade da situação em Mato Grosso do Sul, especialmente nas regiões da Grande Dourados, em Miranda e no município de Paranhos. O senador está convencido de que Lula vai fazer tudo o que for possível para ajudar a resolver a questão.
O ex-presidente ficou impressionado com o que ouviu e assumiu conosco o compromisso de conversar com a presidente Dilma sobre o assunto. Eu voltarei a Brasília na semana que vem e também vou pedir uma audiência à presidente para reforçar aquilo o que venho dizendo há meses. O governo federal tem que tomar alguma atitude definitiva até o dia 30 de novembro, como prometeu, seja ela a compra de fazendas para ampliar as aldeias ou qualquer outra solução que traga a paz ao campo e faça justiça aos produtores e às etnias. Não dá para esperar mais , advertiu o senador.