Foi decidido nesta quarta-feira (04) na sede da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul), que o "Leilão da Resistência", organizado por produtores rurais, está mantido. O movimento, que tem como objetivo arrecadar fundos para a proteção de invasões indígenas nas propriedades rurais do Estado foi cancelado hoje (04), após decisão judicial expedida pela Juíza Federal Janete Lima Miguel, titular da 2ª Vara Federal da 1ª Subseção Judiciária de Campo Grande/MS.
Junto com representantes da Famasul, Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), entre outras entidades rurais, o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) afirmou que o leilão, a ser realizado no próximo sábado (07), é legítimo. Nós, produtores rurais, lamentamos esta decisão da Justiça. Não estamos fazendo nada de errado e nem há pretensão de atacarmos os povos indígenas, pelo contrário, a única coisa que o setor pretende é se defender, garantir o seu direito de propriedade contra estas agressões e desrespeitos que estão acontecendo. Acredito que este é o nosso dever, defender e lutar pelo que é nosso. Para mim quem não defende o que tem, não merece ter, afirmou Zé Teixeira.
O assessor Jurídico da Famasul, Carlo Coldibelli, afirmou que os produtores analisarão o teor da ordem judicial para decidir os recursos cabíveis. Nós precisamos ter conhecimento de todo o processo, para entrarmos com recurso, relata.
Segundo as entidades, independente da decisão judicial, os produtores rurais de Mato Grosso do Sul prometem manter a exposição dos animais. Foram arrecadados para o leilão quase 800 cabeças de gado, além de grãos e animais de pequeno porte. Não dá para simplesmente chegar e cancelar tudo, afirmou Francisco Maia, presidente da Acrissul.
O "Leilão da Resistência" ocorrerá neste sábado (07), a partir das 14 h, no tatersal de elite 1 da Acrissul, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande/MS.