11.08.2015

Teixeira critica caos enfrentado por produtores de Caarapó para realizarem a colheita

Representante do setor produtivo na Casa de Leis - frisou mais um caso de desordem e violação do direito de propriedade, ocorrido em Mato Grosso do Sul.
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 “O direito dos índios não sobrepõe ao direito do produtor e da propriedade.”  Esta foi a linha de raciocínio usada pelo deputado estadual e primeiro secretário da Assembleia Legislativa, Zé Teixeira (DEM), durante seu pronunciamento na sessão plenária desta terça-feira (11/08), em Campo Grande. 

Na oportunidade, Teixeira relatou a situação enfrentada pelos agricultores de Caarapó, (distante 284 km da Capital), que encontraram dificuldades para realizarem a colheita em suas propriedades. Os produtores precisaram da escolta do Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), que fora recebido a flechadas pelos indígenas. “Eles (DOF) conversaram com os indígenas e disseram que não podiam colocar vidas em risco sem reação. Felizmente chegaram a um consenso e a colheita foi feita”, afirmou o parlamentar.

“Mas eu pergunto, que país é esse? Onde já se viu o produtor rural pedir escolta para fazer sua colheita, dentro da sua propriedade? O que aconteceu em Caarapó foi mais uma prova do descaso que a classe produtora enfrenta nesse país. Isso é um absurdo”, criticou Zé Teixeira.

Teixeira também relatou na tribuna que ontem (10/08) indígenas roubaram 700 metros de cerca, arame e a lasca da propriedade da família do falecido, ex-deputado estadual Cota Marques (MT), que há mais de 70 anos faz divisa com a reserva Te’yikue.

“Cometeram um crime ontem e fica por isso mesmo. Onde está a Lei? Onde está o direito do produtor rural? Os números mostram que é o setor produtivo que sustenta este país. A crise que assombra o cenário econômico brasileiro só não é maior graças ao constante crescimento do setor produtivo e, mesmo assim, os homens e mulheres do campo ainda passam por humilhações, por insegurança jurídica, pelo seu direito de propriedade violado. Essas terras foram vendidas pelo Estado, compradas há mais 50, 60 e 70 anos, registradas em cartórios. São legais”, ponderou o parlamentar.

Teixeira complementou. “Fico indignado, uso esta tribuna para que o povo do nosso Estado possa saber que este é o país onde os brasileiros que trabalham e produz estão vivendo. Eles não têm segurança para trabalhar, não tem direito no Brasil. Toda vez que acontecer uma desordem, eu tenho o dever - como produtor rural, que ajuda esse Brasil a produzir e como deputado estadual – de deixar registrada a minha indignação. Eu ainda acredito em um país justo, tanto para o homem que produz, quanto para o índio que vive na miséria”, finalizou Zé Teixeira.

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