19.03.2013

Agricultores da bacia do Capivari vão receber dinheiro para preservar matas

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Agricultores da bacia hidrográfica do Capivari, no Estado de São Paulo, poderão receber dinheiro para proteger a natureza. Um projeto da Ong The Nature Conservancy em parceria com a iniciativa privada vai pagar proprietários rurais que preservem a mata ciliar ao longo do rio, garantindo assim a quantidade e a qualidade da água. Em projetos semelhantes, ao que será iniciado na região do Capivari, agricultores chegaram a ganhar 210 reais por hectare ao ano, com recursos vindos do governo e de uma fábrica de bebidas.

A lógica é simples: como as propriedades ficam em áreas de nascente de rio, a preservação ambiental da área é de extrema importância para a empresa, moradores e companhias de abastecimento e, portanto, devem ser pagos por isto.

“O projeto é uma mudança de paradigmas. Normalmente você tem um parque ou uma lei como forma de compensação ambiental, mas a gente está falando de serviços ambientais. Soluções criativas que usam de todo este interesse que existe na água em projetos de conservação”, disse Gilberto Tiepolo, gerente da Estratégia de Serviços Ambientais da The Nature Conservancy, ONG que junto com a Ambev está desenvolvendo o projeto em Jaguariúna, cidade na bacia do Capivari.

Os agricultores recebem treinamento para adotar práticas de conservação em suas propriedades como ações de recuperação de áreas degradadas, de conservação dos remanescentes florestais, e de manejo adequado do solo contenha matas ciliares, vegetação no leito dos rios, que garante a qualidade da água e o combate à erosão.

Tiepolo afirma que agora a ideia e aumentar a escala e que projetos como este não sejam pontuais. “É a conservação baseada em mercado. Isto muda o patamar de conservação. Não tem forma melhor de engajar o proprietário que reconhecer sua importância. A conservação e mais um produto da propriedade dele”, disse.

O Projeto Bacias em Jaguariúna está em fase inicial e a primeira etapa será a formação de um grupo de parceiros locais e identificação das áreas mais críticas.

Portal IG

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